Olá!!
Eu sei que todos nós estamos a morrer de curiosidade,
e queremos o 7ºlivro da saga de perferência neste preciso momento!!
Não desesperem!!
Podemos não ter noticias do verdadeiro 7ºlivro, mas quem disse que não podemos inventa-lo?
E é a Margarida, que nos traz este maravilhoso inicio do 7ºlivro, escrito por ela.
Espero que gostem...
AQUI está Ele:
*.*
" Sentei-me cautelosamente numa rocha perto do mar. Depois de muitos dias num barco custava-me andar em terra firme. Inspirei fundo mas o familiar e doce ar da floresta não me chegou aos sentidos. Não havia odor que me acalmasse o espírito, nem paisagem que me respondesse a perguntas.
- Vamos.
Já não me assustava com as chegadas silenciosas do meu… primo. Durante aquela travessia ele tinha sido o único com quem conversara e o único que se aproximara de mim. Levantei-me e ajustei aquela mantilha ridicula que me impedia de respirar decentemente.
Erebus apoiou-me a subir as rochas escarpadas pois não tinha força suficiente. O Povo do Fogo, atrás de mim, demonstrava mais agilidade do que era suposto nos seus enormes corpos.
- Sê bem-vinda à ilha do Povo do Fogo! – A voz fria e falsamente amável ainda me causava arrepios, cada vez que a lembrava. Mas a minha memória não lhe tinha feito justiça. A voz era ainda mais assustadora que nas minhas memórias.
Empinei o nariz, agarrando com força a única réstia de coragem que me restava, e acabei o caminho que me levava ao feiticeiro que, há tantos anos, tinha levado o meu irmão para a ilha dos feiticeiros.
Num segundo, ele estava junto a mim. O seu olhar azul, como o da minha mãe, mas frio como uma lâmina furava a mantilha e olhava directamente para os meus olhos. Tive de me concentrar para manter a ilusão de que era Oriana, Sacerdotisa dos Penhascos.
Para meu alívio, Sigarr desviou o olhar para o Rei do Povo do Fogo.
- O que aconteceu à nossa ilustre Amora?
- Ela morreu. O Sacerdote…
O olhar de Sigarr regressou ao meu.
- E como é que a sua querida Sacerdotisa morreu? – Perguntou amavelmente.
- Eu não vi nada. – Gaguejei a custo. – Eu só a vi estendida na sua cama… - Abafei a voz numa conviente imitação de choro.
Ouvi o riso abafado de Erebus mas não me virei pois Sigarr continuava a observar-me atentamente.
- Tragam-na. Vamos acomodar a nossa convidada. – Virou-se e começou a andar, falando por cima do ombro. – Não tenho aqui a casa acolhedora que tinha na Aldeia de Grim, mas agora também não poderíamos ir para lá. Por esta altura já deve estar totalemente destruida, juntamente com a Aldeia do jarl Eric. – Sorriu.
Senti as garras de Erebus a rodearem o meu braço e a puxarem-me.
- É verdade? – Perguntei baixinho.
Ele acenou imperceptivemente mas não comentou nada.
Olhei à volta e percebi que aquele deveria ser o local onde o meu pai, com a ajuda da minha mãe, tinha derrotado Vulcan e Sigarr. Sustive a respiração ao ver um círculo negro, perfeiro, no chão. Deveria ter sido o círculo de combate entre eles, delimitado por flamas mágicas.
- Já ouviste com certeza a tua mestra a falar da épica batalha que permitiu ao néscio do meu aprendiz ficar com a lágrima da lua. – Sorriu, para minha surpresa. – Mas não te preocupes. Em breve ela regressará para o seu legítimo dono. Com toda a justiça. Como os bons querem. – Tornou a sorrir trocista.
Voltou-se para outro ponto daquela arena.
- Quantas recordações este lugar te trazem. Não é criatura néscia? – Os pelos do meu braço arrepiaram-se ao ouvir o se riso.
Quando vi para onde o olhar de Sigarr se dirigia senti um pontapé no estômago. Um homem era transportado por uma criatura do Povo do Fogo. A cabeleira loira tapava-lhe a cara mas as marcas da linhagem mágica eram bem visíveis.
Sigarr aproximou-se e agarrou a única madeixa do cabelo rubra, puxando a cabeça dele para trás. Os olhos verde-floresta fixaram-se em mim um istânte antes de se fixarem no azul de Sigarr.
- Contempla, néscio aprendiz, a minha obra. – Falava como se se tratasse de um deus. Sorriu satisfeito. – Desprezaste tudo o que te dei, por isso sempre foste fraco. Por isso a tua mãe te queria matar. Mas o teu filho, herdou o melhor de ti e da sua avó. E ele aceitou o que eu tinha para lhe ensinar. – Fez uma pausa para apreciar a cara dele. – Devo dizer que ele é bem melhor que tu.
Não conseguia conter as lágrimas e deixei-as correr silenciosamente.
- Aquele é o meu pai. – Sussurrei só para Erebus. – Salva-o, por favor.
Afinal a minha mãe tinha razão. Edwin não estava vivo. Mas este destino era bem pior que a morte.
- Curva-te a meus pés, Loki. E terei compaixão de ti.
O meu pai cuspiu-lhe no rosto e pensei que isso ainda fosse piorar tudo. Para minha surpresa, Sigarr gargalhou.
- Essa é, sem dúvida, a melhor parte de ti.
Ergueu a mão e vi, sem conseguir respirar, o meu pai a elevar-se no ar, na minha direcção.
- Aprecia a companhia! De certeza que te recordas da púpila da tua esposa guardiã. É uma pena que ela nunca mais a possa ver…
Edwin olhou rapidamente para Sigarr.
- O que estás a dizer? – Percebi que a sua voz estava por um fio.
- A tua esposa foi morta! Gostaria de ter visto a linda guardiã a padecer…
- Tu não o fizeste! – Havia um estranho tom na voz do meu pai que eu nunca tinha ouvido. O tom mais desesperado que eu alguma vez tinha ouvido em toda a minha vida.
- Fiz, criatura néscia! E nem terás corpo para enterrar. A ilha dos penhascos está totalmente destruida pelo fogo dos meus homens.
- Não! – Nem percebi como é que a minha voz tinha saído. Vi a cabeça do meu pai a girar rapidamente na minha direcção. Percebi que a ele eu não consegui enganar.
Erebus tapou-me a boca mas o seu mestre impediu-o.
- Deixemos a Sacerdotisa de uma ilha que já não existe falar! – Sorriu e fitou-me expectante.
Cerrei os dentes para não falar, mas as palavras já estavam a sair em catapulta:
- Eles prometeram que deixariam o meu povo em paz! Foi por isso que eu me entreguei!
O meu pai estava confuso.
- Tu entregaste-te? Como pudeste fazê-lo?
- Ora, ora! As forças do bem estão em conflito? – Parecia deliciado.
- Eu sou Oriana, a Sacerdotisa dos Penhascos. Não podia deixar o meu povo padecer. – Ergui o queixo e endireitei os ombros, apesar de me lembrar, a cada instante, daquilo a que sujeitara a verdadeira Sacerdotisa para a salvar.
Edwin olhou para mim muito desconfiado mas não tornou a falar.
- Agora que esta agradável reunião de família acabou, vamos alojar-nos.
Correntes de magia negra ataram-me os pulsos e os tornozelos até quase não conseguir andar.
Erebus carregou-me até uma gruta, seguindo o meu pai e Sigarr.
- Erebus.
- Mestre. – Ele fez uma vénia.
- Vigia-os. Quero-os bem vivos para apreciarem a minha obra.
Erebus fez uma nova vénia e Sigarr saiu daquela gruta. Abafei um grito ao sentar-me. A rocha estava muito quente.
Edwin já estava habituado e olhou para Erebus.
- Quem és? – Perguntou. Não obteve resposta. Olhei para o meu primo em busca de permissão e ele acenou.
- O seu nome é Erebus. Ele é teu sobrinho. – Pigarrerei e desviei o olhar do olhar espantado do meu pai. – Filho da rainha Estrid.
- Tu sempre sobreviveste… - Murmurou para ele. Depois tornou a olhar para mim. – Como está a…
- Oriana? – Completei. Ele olhou ainda mais espantado para mim. Por precaução baixei o tom de voz. – Ela está bem, espero. – Erebus permaneceu calado.
- Kelda? – Murmurou o meu pai a medo. Eu acenei. – Como é possivel?
- Fiz uma coisa horrivel! – Solucei sem me conseguir conter. – Eu tinha de a salvar. Eu tive uma visão. – Continuei a justificar-me. Contei a visão que tinha tido e como Lysander se preparava para ir para os navios e que não acreditava em mim. E depois contei-lhe o que tinha feito.
- Uma decisora deve decidir. – Conclui como a minha mais forte justificação ao facto. Apesar de, naquele momento, a minha justificação parecer demasiado fraca no meio de todo aquele vendaval.
Ele repetiu, também, a frase que a Pedra do Tempo me dissera há tanto tempo atrás.
Edwin ficou muito tempo a olhar para o meu corpo soluçante.
- Diz alguma coisa, pai! Por favor. – Supliquei.
- Como é sabias magoar assim as pessoas? Como é que aprendeste? – Edwin agarrou-me pelos ombros e agitou-me levemente.
- Creio que foi o exame que vocês pediram à rainha Lyria para me fazer. – Lancei-lhe um olhar irado e expliquei-lhe o que Lysander me tinha explicado há quatro anos.
Edwin encostou as costas à rocha atrás dele para se recompor.
- A Edwina… - A sua voz não era mais que um gemido e a dor era tão grande que me fez abafar um soluço.
- A mãe estava bem. E viva. Pelo menos até eu ter saido da ilha. E, pai. Ela não deixou de acreditar que tu estavas vivo. – Murmurei com vergonha por a ter abandonado.
- A ligação que partilho com a tua mãe é muito forte. – Ele sussurrou, repetindo o argumento que ela me tinha dado.
- Pai? Podes perdoar-me?
O olhar verde-floresta fixou-se em mim durante muito tempo e depois deviou-se para Erebus.
- Tu tens magia negra dentro de ti. Tu magoaste pessoas Kelda!
- Eu sei! – Percebi que estava a suplicar e parei.
Edwin não retirou o olhar de Erebus e as suas palavras cairam sobre mim como água gelada no pico do inverno:
- Eu não te posso perdoar. Não enquanto não tiver Halvard nos meus braços vivo ou morto. Não enquanto não reparares os teus erros.
Não permiti que as lágrimas caissem e sentei-me direita contra a rocha. Só aí deixei que a escuridão me envolvesse. Não senti a pancada no chão... "
Margarida
FIM
Soube bem não soube?
Por uns minutos voltas-te a este nosso mundo único e queres mais...
Então comenta! ;)
7 comentários:
Margarida obrigada por este bocadinhoooo, gostei mesmo! Ainda por cima no meio de tanta espera soube mesmo bem, mas nós todas queremos é o verdadeiro não é? ai ai....
Mas até lá é bom haver fãs como tu que nos vão saciando a sede com este espectaculares fanfics XD
concordo sarita :D
obrigada,por nos dares um pouco desta maravilhosa magia,adorei.
gabriela
uando sai o livro afinal? alguem sabe?
não infelizmente nada
okok ...é que ja ti9nham dito que seria em dezembro.....mas
tal como já tinha dito, infelizmente não tmeos qualquer contacto por parte da autora, mal mal tivermos informação podem contar connosco para a disponibilizarmos no blog ^=D
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